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Bizâncio - Constantinopla - Istambul

 

Bizâncio nasceu da necessidade que os gregos viam passando desde o fim de sua Idade das Trevas, onde estavam reclusos a pequenas comunidades encrustadas em regiões montanhosas ou dispersas de sua terra natal, o Peloponeso. Tal Idade das trevas surgiu com a invasão Dórica, povo extremamente militarizado que invadiu a península em hordas constantes, segundo a mitologia grega eram filhos de Héracles que viam para reclamar as terras de seu pai. A invasão encerrou com a cultura Creto-Micênica e resultou na primeira diáspora grega, a grande fuga para o interior montanhoso do Peloponeso, para as ilhas do Egeu, para a costa da Ásia Menor e para as terras próximas dos Bálcãs. Em novas terras e dispersos, estes gregos fundaram novas cidades, muitas delas seriam famosas como a própria Atenas, mas não eram cidades populosas. Como resultado de uma grande diáspora, os colonizadores, ficaram sob uma organização similar a de povos recém sedentarizados: relações endogâmicas e comando da comunidade nas mãos do pater (pai – homem mais velho da família) que dividia suas terras para seus filhos. Eventualmente, a população dessas comunidades cresceria e evoluiria no conceito grego para denominar tais formações sociais. De um Genos para uma Fratria, e depois para uma Tribo, e quando a o governo assumia leis e uma liderança política, seja uma monarquia ou uma democracia, atingia o nível máximo chamado de Demos, a verdadeira cidade-estado ou Polis. A população, crescida, sofreria com a escassez de terra já que o espaço era limitado e nem todas, em alguns casos, eram férteis, as cidades se incharam com muitos desempregados ou servos por dívidas. Muitas cidades gregas viram esse momento como um período regado de revoltas da parte da população sem terras e agiram com uma nova política que resultaria na segunda diáspora grega. Política essa que daria origem a Massalia (atual Marselha na França), Cyrene (na Líbia) e, o centro desse texto, Bizâncio.

A lenda diz que Bizâncio foi fundada pelo Rei Bizas de Mégara no ano de 657 A.C. após consultar o Oráculo de Delphi sobre um local apropriado e foi respondido com um “no oposto dos cegos”. Isso era uma charada quanto a um caso semelhante a fundação de uma outra cidade, Calcedônia, que teria recebido a localização exata do que hoje seria Istanbul (Bizâncio e Constantinopla) mas seus colonos erraram e fundaram a cidade no outro lado do estreito de Bósforo. Ao contrário da terra que o Oráculo tinha aconselhado, que era fértil e plana, a de Calcedônia era irregular e infértil. Bizâncio foi fundada no lado oposto do Bósforo, no oposto da cidade dos cegos. Bizas fundara a cidade com o nome em sua homenagem e ela não seria uma cidade de grande importância durante boa parte da antiguidade clássica, permanecendo como colônia e depois atingindo um posto de Polis ou metrópole independente.

Sua conquista pelos romanos foi feita por Septímio Severo e atingiu seu momento áureo no governo do imperador romano Constantino I que a elevou ao cargo de nova capital romana. Sua decisão não foi livre, a cidade era um grande entreposto comercial durante a antiguidade, em sua vida como Polis, mas graças a conquista do império romano e sua grande extensão que ela passou a canalizar diversas rotas comerciais que vinham da Ásia. Com os intensos conflitos com os Selêucidas, Partas e, depois, Sassânidas, os romanos viram uma das principais rotas comerciais da seda ser bloqueada por império inimigos. A rota principal que passava pela pérsia estava bloqueada. Bizâncio, e agora Constantinopla, cresceu bastante nessa era de conflitos com o oriente pois uma rota secundária que passava pelas estepes da Eurásia descia até o reino de Bósforo onde barcos mercantis cruzavam o mar negro e atravessavam o estreito de Bósforo, passando pela cidade que se tornaria mais rica do Império. Ela podia ser a mais rica mas, a concentração cultural e tradicional do Império era algo que somente Roma possuía. Outro motivo de sua seleção seria a proteção dos limites mais vulneráveis do Império, ainda que a famosa borda romana fosse a romano-germânica, existiam constantes conflitos com os Partas e Sassânidas, assim como com tribos do norte do Danúbio. Eram as fronteiras mais vulneráveis do império antes de seu declínio.

Constantino tentou, ao seu máximo, transportar toda a estrutura política e administrativa, assim como a unidade cultural romana, para Bizâncio. Fez isso com tanta perfeição que a cidade seria a que carregaria as heranças do Império durante toda idade média, seja a arte em mosaicos que sobrevivem até hoje, principalmente em Hagia Sophia, até nos trabalhos filosóficos e arquitetura. Surgia uma nova cultura, algo que transcendia a cultura romana, algo além e mais evoluído do que Roma seria nos períodos medievais, a cultura bizantina. Essa evolução cultural surgiu ainda quando ambos os impérios existiam, como ocidentais e orientais, os Bizantinos na esfera de Bizâncio e os romanos na esfera de Roma. Ainda que durante a Idade média, os da esfera bizantina, ainda se denominassem romanos, possuíam uma entidade cultural única. Eram “Metaromanos”. Ela era cortada por duas rodovias principais que levavam até o Palácio Imperial, Hagia Sophia e o Hipódromo, tríade de construções magníficas que ficavam na ponta da península em uma elevação da qual permitia aqueles que estavam fora das muralhas de Teodósio ver seu interior. Porque não falar delas? Muralhas tão magníficas que que eram constituídas de uma série de infraestruturas protetoras: um fosso seguido de um paredão de pedra que se erguia do solo até uma determinada altura, consideravelmente alta, para depois erguer-se uma segunda parede atrás da primeira que subia mais alto ainda. Era como degraus de uma escada, nem trabucos nem aríetes podiam transpô-la com facilidade. Possuía uma espessura grande demais para que uma pedra atravessasse e rompesse sua estrutura. Aqueles que o fizessem encarariam, para a infelicidade, uma segunda muralha, a de Constantino, que não era tão exuberante quando a de Teodósio mas fazia o papel de defender a principal parte da cidade. Depois desta, havia a terceira muralha, a mais antiga que protegia a acrópole, datada da era que ainda era uma Polis grega. A trindade de edificações exuberantes era protegida por uma trindade de muralhas.

A cidade cairia nas mãos Otomanas a partir de um assalto, que mesmo possuindo defesas que compreendiam séculos antes, ainda tiveram dificuldades em tomar a cidade. O plano do sultão foi um cerco anfíbio utilizando tanto navios para tomar a cidade quanto tropas para fazer frente com os imponentes muros de Teodósio. A derrota veio com a passada da armada Otomana pela barragem que protegia o Chifre de Ouro, uma baía no norte da cidade que era protegida por uma corrente. Dentro da baía ocorreu uma batalha naval onde as forças bizantinas foram derrotadas e o cerco anfíbio foi iniciado. Para atravessar os muros de Teodósio empregaram bombardas que depois de alguns disparos derrubaram os muros. Constantinopla foi tomada, e foi afetada culturalmente por aquele novo povo, catedrais foram transformadas em mesquitas, assim como a exuberante Hagia Sophia. Poucos mosaicos restaram e, com a evolução urbana, a arquitetura bizantina que recordavam traços romanos foi lentamente substituída pelas edificações modernas. A muralha de Teodósio resiste, ainda em escombros ocos e despedaçados, em alguns pontos ela ainda está de pé resistindo o tempo com as cicatrizes do embate.

Bizâncio nasceu da necessidade que os gregos viam passando desde o fim de sua Idade das Trevas, onde estavam reclusos a pequenas comunidades encrustadas em regiões montanhosas ou dispersas de sua terra natal, o Peloponeso. Tal Idade das trevas surgiu com a invasão Dórica, povo extremamente militarizado que invadiu a península em hordas constantes, segundo a mitologia grega eram filhos de Héracles que viam para reclamar as terras de seu pai. A invasão encerrou com a cultura Creto-Micênica e resultou na primeira diáspora grega, a grande fuga para o interior montanhoso do Peloponeso, para as ilhas do Egeu, para a costa da Ásia Menor e para as terras próximas dos Bálcãs. Em novas terras e dispersos, estes gregos fundaram novas cidades, muitas delas seriam famosas como a própria Atenas, mas não eram cidades populosas. Como resultado de uma grande diáspora, os colonizadores, ficaram sob uma organização similar a de povos recém sedentarizados: relações endogâmicas e comando da comunidade nas mãos do pater (pai – homem mais velho da família) que dividia suas terras para seus filhos. Eventualmente, a população dessas comunidades cresceria e evoluiria no conceito grego para denominar tais formações sociais. De um Genos para uma Fratria, e depois para uma Tribo, e quando a o governo assumia leis e uma liderança política, seja uma monarquia ou uma democracia, atingia o nível máximo chamado de Demos, a verdadeira cidade-estado ou Polis. A população, crescida, sofreria com a escassez de terra já que o espaço era limitado e nem todas, em alguns casos, eram férteis, as cidades se incharam com muitos desempregados ou servos por dívidas. Muitas cidades gregas viram esse momento como um período regado de revoltas da parte da população sem terras e agiram com uma nova política que resultaria na segunda diáspora grega. Política essa que daria origem a Massalia (atual Marselha na França), Cyrene (na Líbia) e, o centro desse texto, Bizâncio.

A lenda diz que Bizâncio foi fundada pelo Rei Bizas de Mégara no ano de 657 A.C. após consultar o Oráculo de Delphi sobre um local apropriado e foi respondido com um “no oposto dos cegos”. Isso era uma charada quanto a um caso semelhante a fundação de uma outra cidade, Calcedônia, que teria recebido a localização exata do que hoje seria Istanbul (Bizâncio e Constantinopla) mas seus colonos erraram e fundaram a cidade no outro lado do estreito de Bósforo. Ao contrário da terra que o Oráculo tinha aconselhado, que era fértil e plana, a de Calcedônia era irregular e infértil. Bizâncio foi fundada no lado oposto do Bósforo, no oposto da cidade dos cegos. Bizas fundara a cidade com o nome em sua homenagem e ela não seria uma cidade de grande importância durante boa parte da antiguidade clássica, permanecendo como colônia e depois atingindo um posto de Polis ou metrópole independente.

Sua conquista pelos romanos foi feita por Septímio Severo e atingiu seu momento áureo no governo do imperador romano Constantino I que a elevou ao cargo de nova capital romana. Sua decisão não foi livre, a cidade era um grande entreposto comercial durante a antiguidade, em sua vida como Polis, mas graças a conquista do império romano e sua grande extensão que ela passou a canalizar diversas rotas comerciais que vinham da Ásia. Com os intensos conflitos com os Selêucidas, Partas e, depois, Sassânidas, os romanos viram uma das principais rotas comerciais da seda ser bloqueada por império inimigos. A rota principal que passava pela pérsia estava bloqueada. Bizâncio, e agora Constantinopla, cresceu bastante nessa era de conflitos com o oriente pois uma rota secundária que passava pelas estepes da Eurásia descia até o reino de Bósforo onde barcos mercantis cruzavam o mar negro e atravessavam o estreito de Bósforo, passando pela cidade que se tornaria mais rica do Império. Ela podia ser a mais rica mas, a concentração cultural e tradicional do Império era algo que somente Roma possuía. Outro motivo de sua seleção seria a proteção dos limites mais vulneráveis do Império, ainda que a famosa borda romana fosse a romano-germânica, existiam constantes conflitos com os Partas e Sassânidas, assim como com tribos do norte do Danúbio. Eram as fronteiras mais vulneráveis do império antes de seu declínio.

Constantino tentou, ao seu máximo, transportar toda a estrutura política e administrativa, assim como a unidade cultural romana, para Bizâncio. Fez isso com tanta perfeição que a cidade seria a que carregaria as heranças do Império durante toda idade média, seja a arte em mosaicos que sobrevivem até hoje, principalmente em Hagia Sophia, até nos trabalhos filosóficos e arquitetura. Surgia uma nova cultura, algo que transcendia a cultura romana, algo além e mais evoluído do que Roma seria nos períodos medievais, a cultura bizantina. Essa evolução cultural surgiu ainda quando ambos os impérios existiam, como ocidentais e orientais, os Bizantinos na esfera de Bizâncio e os romanos na esfera de Roma. Ainda que durante a Idade média, os da esfera bizantina, ainda se denominassem romanos, possuíam uma entidade cultural única. Eram “Metaromanos”. Ela era cortada por duas rodovias principais que levavam até o Palácio Imperial, Hagia Sophia e o Hipódromo, tríade de construções magníficas que ficavam na ponta da península em uma elevação da qual permitia aqueles que estavam fora das muralhas de Teodósio ver seu interior. Porque não falar delas? Muralhas tão magníficas que que eram constituídas de uma série de infraestruturas protetoras: um fosso seguido de um paredão de pedra que se erguia do solo até uma determinada altura, consideravelmente alta, para depois erguer-se uma segunda parede atrás da primeira que subia mais alto ainda. Era como degraus de uma escada, nem trabucos nem aríetes podiam transpô-la com facilidade. Possuía uma espessura grande demais para que uma pedra atravessasse e rompesse sua estrutura. Aqueles que o fizessem encarariam, para a infelicidade, uma segunda muralha, a de Constantino, que não era tão exuberante quando a de Teodósio mas fazia o papel de defender a principal parte da cidade. Depois desta, havia a terceira muralha, a mais antiga que protegia a acrópole, datada da era que ainda era uma Polis grega. A trindade de edificações exuberantes era protegida por uma trindade de muralhas.

A cidade cairia nas mãos Otomanas a partir de um assalto, que mesmo possuindo defesas que compreendiam séculos antes, ainda tiveram dificuldades em tomar a cidade. O plano do sultão foi um cerco anfíbio utilizando tanto navios para tomar a cidade quanto tropas para fazer frente com os imponentes muros de Teodósio. A derrota veio com a passada da armada Otomana pela barragem que protegia o Chifre de Ouro, uma baía no norte da cidade que era protegida por uma corrente. Dentro da baía ocorreu uma batalha naval onde as forças bizantinas foram derrotadas e o cerco anfíbio foi iniciado. Para atravessar os muros de Teodósio empregaram bombardas que depois de alguns disparos derrubaram os muros. Constantinopla foi tomada, e foi afetada culturalmente por aquele novo povo, catedrais foram transformadas em mesquitas, assim como a exuberante Hagia Sophia. Poucos mosaicos restaram e, com a evolução urbana, a arquitetura bizantina que recordavam traços romanos foi lentamente substituída pelas edificações modernas. A muralha de Teodósio resiste, ainda em escombros ocos e despedaçados, em alguns pontos ela ainda está de pé resistindo o tempo com as cicatrizes do embate.



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