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A Queda de Constantinopla

 

Hoje falaremos sobre o evento histórico que marcou o fim da Era Medieval, e sua transição para as chamadas Grandes Navegações, símbolo da Idade Moderna: A Queda de Constantinopla

Para entendermos a importância deste momento para a História, temos que entender a importância da cidade de Constantinopla. Esta cidade, atualmente chamada Istambul, é situada nas margens estreito que liga o Mar Negro ao Mar Mediterrâneo, tendo assim o controle das principais rotas comerciais entre os reinos europeus e o Oriente. Era também, por sua fundação romana, um bastião do cristianismo frente ao crescente Islã, muito forte no Oriente Médio e no Norte da África. Foi fundada pelo imperador romano Constantino I, com o objetivo de servir como capital política e econômica do que se chamaria Império Romano do Oriente, após a divisão de Roma em duas. Enquanto a parte Ocidental do grande Império Romano se fragmentava e ruía, os chamados bizantinos continuaram a prosperar em seus domínios. No entanto, com a expansão dos Impérios Islâmicos asiáticos, se tornava cada vez mais difícil a defesa de seu território.

Com as diferenças entre a Igreja Católica Romana e a Igreja Católica Ortodoxa só aumentando, ocorre uma grande tragédia para os bizantinos: o saque de Constantinopla pela Quarta Cruzada. Os cruzados católicos rasparam os cofres da cidade, passaram à espada os que tentaram resistir, roubaram relíquias da Fé Católica entre outras coisas. Além de enfraquecer ainda mais os bizantinos, esse golpe gerou a separação total entre a Igreja Romana e a Ortodoxa. Os bizantinos reuniram forças, então, e retomaram a capital. Algum tempo depois, um recente Império criado na Anatólia, o Império Otomano, começaria a invadir cidades otomanas, e, no fim, restava apenas a grande cidade, a fortaleza que resistira a ataques persas, hunos, ávaros, búlgaros, russos e germânicos, Constantinopla. Após três cercos, aos quais os Imperadores da dinastia Paleólogo resistiram, veio o ataque final. Os otomanos, sob a liderança do Sultão Maomé II, trouxeram bombardas, primitivos canhões pesadíssimos, e, dia após dia, usariam estes para tentar quebrar as muralhas externas da cidade, obtendo gradual sucesso.

Embora avançasse rumo à vitória, para o Sultão era extremamente difícil sustentar um exército de (acredite se quiser) 100 mil homens! Então, lançou um ultimato aos bizantinos: Ou entregavam a cidade e seriam poupados, ou pagavam uma pesada quantia, e o sultão levantava o cerco. Com os cofres vazios pela incursão da Quarta Cruzada, Constantino XI teve que recusar as ofertas, e então, os otomanos prepararam seu ataque final.

No dia 29 de maio de 1453, o massivo ataque começou. Procuravam-se os portões e as brechas nas muralhas, causadas pelos canhões, para a invasão. Quando, após três horas de combate, conseguiram assaltar a muralha externa, a batalha se viu ganha: Os bizantinos estavam desesperados e descoordenados, enquanto os invasores eram disciplinados nas artes da guerra. Assim, após a cidade passar por quase um dia de saque com a conquista otomana, se deu a queda definitiva da capital do comércio, da ponte que ligava o Oriente e o Ocidente, das rotas de especiarias, que teriam que passar por outro lugar, visto que os muçulmanos não aceitavam os mercadores cristãos. Então, os olhos do mundo se voltaram para outro lado, para uma parte do mundo que os espanhóis e portugueses conheciam mais que qualquer outra civilização da época: o Atlântico.


IMAGEM: O cerco de Constantinopla [1499]. Retirada do Wikimedia Commons. Autor desconhecido.

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