25 de Agosto de 1944.
Neste dia a cidade de Paris era finalmente libertada da ocupação alemã.
Nos dias anteriores centenas de guerrilheiros pertencentes à Resistência Francesa tinham avançado contra os alemães nas ruas da cidade, trazendo o caos e dificultando muito as movimentações e as comunicações alemãs.
E na madrugada deste dia os primeiros elementos da 2ª Divisão Blindada Francesa, do General Philippe Leclerc, entravam nos subúrbios da cidade, com o restante da divisão avançando nas primeiras horas da manhã.
O General alemão Dietrich von Choltitz, comandante e governador militar de Paris, tinha ordens expressas de Adolf Hitler para destruir os principais pontos turísticos da cidade.
A Torre Eiffel seria demolida com 4 torpedos que tinham sido fixados nos seus pilares e cobertos por explosivos.
O Louvre, a Opera, e muitos outros edifícios históricos seriam também destruídos.
Todas as pontes sobre o rio Sena, incluindo as seculares, tinham sido preparadas para a demolição. Se fossem destruídas, o rio Sena transbordaria, inundando e destruindo grandes porções de Paris.
No entanto, após uma longa negociação com o Consul Geral da Suécia, Raoul Nordling, o General von Choltitz mudaria de idéia e decidiria não seguir as ordens.
No início da manhã deste dia o Chefe do Estado Maior alemão, o Marechal de Campo Wilhelm Keitel, atendendo à uma ordem de Hitler, telefonou para o quartel-general de von Choltitz no Hôtel Meurice e perguntou:
"Paris já está em chamas?"
Não obteve resposta.
Momentos depois o General von Choltitz entregava-se aos franceses, ordenando o fim de toda a resistência alemã na cidade.
Anos depois Choltitz daria uma entrevista na qual disse que:
"Aquela foi a única vez em que desobedeci uma ordem superior, e se o fiz foi porque tinha a certeza de que Hitler estava louco."
No fim da manhã desse dia a 2ª Divisão Blindada e a 4ª Divisão de Infantaria dos EUA entravam na cidade, ocupando todos os edifícios governamentais e principais cruzamentos da capital.
O General Charles de Gaulle chegaria também nessa manhã, transferido a sede do governo provisório francês para o edifício do Ministério da Guerra.
E neste mesmo dia, em frente ao Hôtel de Ville, faria o seu famoso discurso no qual diria, dentre muitas outras coisas:
"Paris! Paris ultrajada! Paris quebrada! Paris martirizada! Mas Paris libertada!"
Fonte: Hoje na História da Segunda Guerra Mundial - Link: https://www.facebook.com/hojenasegundaguerramundial/?fref=ts