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E acordamos República!

 

Dentre o exército, já circulavam boatos de que a monarquia cairia em breve. Esperava-se apenas que o Marechal Deodoro da Fonseca aceitasse liderar os revoltosos, já que este tinha grande influência sobre os homens do exército e poderia convercer-lhes a apoiar a luta armada pela República.

O Marechal Deodoro adiava ao máximo sua resposta e negava constantemente que o faria. Até que um major muito inteligente, Frederico Sólon de Sampaio Ribeiro, começou a espalhar, no dia 14 de novembro, que o Império havia mandado prender Deodoro e outros conspiradores. Foi então que Deodoro decidiu agir. Foi com homens do exército até o Gabinete Ministerial, comandado pelo Visconde de Ouro Preto, onde estava comandando a defesa o general Floriano Peixoto. Quando o ministro pediu-lhe que defendesse o Gabinete com seus homens, ele lhe disse que não, pois não mataria brasileiros. Assim, aderiu ao movimento republicano e deu voz de prisão ao ministro.

Dom Pedro II, em Petrópolis, acreditava que os revoltosos queriam apenas a troca do ministro. Então montou um novo gabinete, desta vez comandado por José Antônio Saraiva. Porém, foi também espalhado o boato de que o novo ministro seria Gaspar Pereira Martins, velho inimigo de Deodoro, desde que disputaram o coração de uma dama no Rio Grande do Sul (e Deodoro perdeu). Foi então que, mais motivado ainda, Deodoro mandou que Frederico Sólon de Sampaio Ribeiro levasse ao velho monarca Dom Pedro, que já estava no Rio de novo, a mensagem para que este se retirasse para a Europa com a família real. Só voltaria depois o Conde D’eu, na década de 1920, para trazer os restos mortais dos imperadores.

Na tarde do dia 15 de Novembro de 1889, estava oficialmente declarada a República no Brasil, sem nenhum sangue. Então, depois do segundo reinado mais longo de seu tempo, um dos períodos onde mais ocorria o progresso da nação, depois de tornar uma pequena colônia que tinha quase acabado de se tornar independente, que andava incerta e dividida num território colossal, uma nação para europeu nenhum colocar defeito, o monarca, já enfermo e velho, teve de passar seus últimos dias longe do povo que levou ao progresso.

A verdade é que Dom Pedro II sempre foi muito compreensivo e sempre procurou limitar os próprios poderes, e quando os tinha não os usava. Como disse um caudilho famoso da época, “findou-se a única república da América Latina”. Quase sem censura, com províncias autônomas e economia crescente, o Império do Brasil era tido como um ambiente de extrema liberdade de expressão. Daí, entramos numa ditadura incerta e aos tropeços. Aí fica no ar a pergunta dos monarquistas: “Ah, se Dom Pedro II tivesse vivido pra sempre, que seria do Brasil?”

Essa imagem foi publicada na Revista Ilustrada, folhetim da época que criticava livremente o imperador D. Pedro II, comemorando a República.



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