Há 150 anos acontecia, às margens do Lago Tuiuti, no Paraguai, a batalha mais sangrenta da história militar da América do Sul - e uma das mais importantes da Guerra do Paraguai - A Batalha de Tuiuti. A batalha reuniu mais de 50.000 homens e deixou um saldo de mais de 12.000 baixas paraguaias.
O ditador paraguaio Solano Lopez havia reunido, às vésperas da batalha, um contingente superior a 20.000 homens, em uma tentativa de empurrar as tropas aliadas de volta ao rio Paraná. No fim da manhã, o exército paraguaio lançou seu ataque. Com o contingente dividido em 3 setores, o plano paraguaio era cortar o Exército Imperial Brasileiro ao meio e, juntamente, atacar os flancos uruguaio e argentino. Sem uma atitude do Comandante-em-chefe aliado,o general argentino Bartolomeu Mitre, houve surpresa, confusão e, inicialmente, um risco de derrota.
Diante da ausência de Mitre, um general brasileiro, Osório, assumiu o Comando-chefe da batalha, intervindo energicamente e transformando a quase derrota em vitória. Não menos importante foi a atuação do tenente-coronel francês Emílio Luís Mallet que, no comando do 1º Regimento de Artilharia a Cavalo, varreu a poderosa cavalaria cabocla e frustrou os planos de Solano, mantendo o Exército Brasileiro unido em um só setor.
Segundo um relato do então alferes Dionísio Cerqueira, "Os batalhões avançavam; a artilharia rugia rápida, a revolver; era um contínuo trovejar. Parecia uma tempestade. Cornetas tocavam a carga; lanças se enristavam, cruzavam-se baionetas, rasgavam-se os corpos sadios dos heróis; espadas brandidas a duas mãos, como os montantes nos pares de Carlos Magno, abriam crânios, cortavam braços, decepavam cabeças."